pedaço de estante
entre mil autofalantes
1.
Se a leitura não for tarefa etérea esta tela fingida de verde de amarelo você lê e eis aqui: luz que faz verbo / é o próprio avesso do Começo
2.
Mas se qualquer vista é somente luz que atiça / então um livro / podemos amá-lo do amor táctil
3.
No sebo eu encontrei uns escolares, a Presença da Literatura Brasileira, na folha de rosto o nome da minha professora da oitava série que teve tumor, a Romilda, e morreu. Na aula ela pôs a Bethânia pra cantar e chorou e um dia disse que um crítico quebrou, na televisão, um disco do Caetano dizendo "isso não faz o menor sentido!".
Eu comprei, porque também o afeto tem preço. E quem vai dizer que livro é pra ser lido?
4.
Os hebreus, como eram conhecidos: o povo do livro.
5.
O menino (não é autobriográfico) no recreio tem doze anos senta na escada abre o volume pesado os dedos lhe doem. Um chega curioso e pergunta "que livro é esse"
"Almas mortas, do Nikolai Gógol"
e o menino nem está lendo direito
6.
No que eu concluo (kkkkk) que o livro é um objeto, como um presunto, e bastante interessante, quase um viaduto.
Beijo :)
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c me sacaneia que o meu é lição de casa e eu tenho que esccrever poetam, néam? mas daí vem você todo lindo, que história é essa de povo hebreu como o povo do livro? gente, que gente hebréia essa, marcows. eu agora vou dormir e sonhar com a galiléia a gente come galinha nelam!!!
ResponderExcluirsanta júlia da galinhéia, lição de casa é canja, beijo :)
ResponderExcluirimagina a hebreiada no deserto
ResponderExcluiraos pergaminhos do suvako
kkkkkkkk