domingo, 31 de janeiro de 2010

mas às vezes tem um ponto

mas às vezes tem um ponto no texto em que eu paro. dá uma preguiça que me come aperitivo e é hora em que eu penso: continuo? parece que não vale um gato morto.

isso não é sempre que acontece. esses dias, no trem, eu fiquei horas escrevendo e era toda a necessidade de continuar, as histórias pipocando e se estendendo, porque eu só escrevo histórias. tem vez que eu viro a sherazade.

outras (e isso é um mistério. acho que às vezes o espírito não baixa direito, ou tem interferência onda de rádio, recebo a mensagem toda entrecortada e fico muito sozinho) a história fica no futuro, mas não se configura.

aí eu tenho duas opções: ou abandono ou continuo. geralmente escolho a primeira. mas por exemplo nesse texto aí da goteira, venci o sono e terminei. aí fiquei feliz.

*

eu gosto mesmo é de contar história. quase não escrevo mais diário. e versinhos só os bobinhos, nem dá vontade. mas o que eu abandonei agora, de puro bocejo, era um menininho no playground que ia de encontro a um fantasma de sangue. ou algo assim.

não é legal, também, que quando a gente escreve uma história, a gente não tem a menor ideia do que vai acontecer?

Um comentário:

  1. é muito.
    também é muito que algumas histórias não são obrigatórias.

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